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Poesias e Crônicas

sexta-feira, 4 de março de 2011

Negro


Salve o afro, salve o canto, salve a beleza negra
salve a força e a determinação, salve a vida.
Salve salve essa história de heróis acorrentados...



NEGRO
No soar do tambor, entre brados e gemidos.
Traziam almas mortas os negreiros.
Chicotes malditos açoitavam a pela negra.
O sangue que descia no dorso era apenas um prelúdio.
Do triste destino daqueles de quem hoje somos herdeiros.


No campo, nas fazendas, entre café e pranto.
Ouvia-se o murmurar de um afro e belo canto.
O pé sovava o grão, nas testas o sol que queimava.
Olhando o chão estrangeiro, sonhando que à pátria voltava.

Noite ao redor das fogueiras, senzalas e som de correntes.
Diziam :"sorri negro, mostrai vossos dentes".
Comércio de gente, de vidas, lucrativos sorrisos de ouro.
Capitães do mato, caçadores do negro couro.


Zumbi de todos os palmares, seu grito, seu dito, seu levante.
Resgata a negritude perdida, vislumbra um rumo, um norte.   
Trocando vidas ceifadas em batalhas, pela dignidade restante.
Morrem mas lutam, morrem mas cantam, livres encaram a morte.

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