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Poesias e Crônicas

quinta-feira, 3 de março de 2011

Olhos verdes


Olhos verdes


A solidão se prolonga, a vida danada atormenta.
Olhos verdes entorpecem, boca vermelha que acalenta.
O pó fere a minha pele, que ressaca por sua ausência.
Lágrimas rolam só rolam, num semblante inocente.
O vento espalha os cabelos, sacode sonhos e pensamentos.
É choro, é dor, é sorriso, é amor, não porém na mesma sequência.


Olhos verdes ainda estão lá, como um ponto a ser alcançado.
Armadilha? Recompensa? Ser mais livre ou aprisionado?
Olhos verdes ficam lá.


Quisera fosse uma idéia, um lampejo um pensamento.
Quisera não ser só matéria, quisera ser coração, para sentir teu sentimento.


Olhos verdes amaldiçoados pela bendita Afrodite.
Fitas o que queres, faz crer, faz crescer, mexe e remexe minh'alma.
Sangras a minha chaga, saras a minha ferida.
Se ao menos me olhasses, olhos verdes acredite.


Querer-te quero, beijar-te não posso, vivo então nesse afã de sentimentos.
Um turbilhão de pensamentos.
Olhos verdes se vão ao largo nesse mar de vidas e mortes.
Um dia quiçá me olhes, um dia quiçá me leves, nas asas da nossa sorte.

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