Um dia eles casam e vão levar a vida deles. Graças a Deus é assim.
Mas fica em nossa alma a eterna lembrança desses rostinhos miúdos e
totalmente dependentes de nós.
Cada olhar, cada chorinho, cada soluço e sorriso estão impressos em
nosso ser, e, por mais que eles cresçam se tornem independentes e responsáveis,
sempre vamos olhá-los como se fossem nossos bebês, não sei se é certo agir
assim, mas é assim que somos.
Ser pai e mãe é a nossa parte humana que mais nos aproxima de Deus,
pois entendemos como é amar uma pessoa totalmente de graça e sem restrições.
Quando olhamos nossos filhos, olhamos com amor, ainda que por vezes
durante a infância, precisem ser repreendidos, mas é por amor que o fazemos.
É impossível você pegar seu filho em seus braços, olhar dentro dos
olhinhos brilhantes dele e não entender como deve ser maravilhoso o amor que
Deus tem por nós.
Ficamos as vezes “embasbacados” olhando para nossos filhinhos tentando
fazê-los entender de como e quanto os amamos somente através do olhar, e tenho
certeza de que eles percebem, é quase impossível esconder o amor que está em
nossos olhos, até bebê de colo pode perceber.
Com o tempo eles começam a perceber os sinais desse nosso amor e
retribuem, e meu Deus como é gostosa essa retribuição, a cada beijo, a cada
abraço, a gente consegue definitivamente ser aquilo que fomos criados para ser;
imagem e semelhança de Deus.
É assim que imagino Deus, um pai que fica todo bobo com o filho no
colo.
Assim somos nós, é assim que Deus nos vê, como bebês de colo, e talvez
um dia quando estivermos crescidos o suficiente possamos aproveitar desse amor,
da mesma maneira que queremos que nossos filhos aproveitem e procurem nossos
braços.
Hoje meu filho, tão pequenininho depende muito de mim e da mãe, somos
nós que o alimentamos, damos banho, limpamos sua bunda, agasalhamos e embalamos
para dormir, mas na realidade tudo isso é pouco em relação ao que nossos filhos
retribuem em satisfação e alegria de poder criá-los.
Hoje após uma longa história que outro dia eu conto, finalmente saiu a
nossa “carta de crédito” avalizada por Deus e Ele nos entregou esse menino
chamado André.
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