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Poesias e Crônicas

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A "TEORIA" DO PAPEL HIGIÊNICO

Olá pessoas,
Vamos novamente divagar com as obscuridades, paranóias  e loucuras da minha mente.


Estava eu tranquilamente praticando meu ócio criativo, quando lembrei de uma palestra que assisti certa vez com o saudoso Pe Léo, pessoa de grande senso crítico, imenso senso de leitura da vida e enorme senso de humor. Uma pessoa que faz falta hoje em dia.

Bom, ele falava sobre a "filosofia do papel higiênico".
A conotação da palestra do Pe Léo, era religiosa, mas eu fico pensando que cabe em qualquer esfera social.

Veja bem, a "filosofia" consiste basicamente no "ciclo de vida" do papel higiênico.
Quando você vai ao supermercado, geralmente encontra o papel higiênico em um stand ou prateleira só para ele, é um tipo de mercadoria que não se mistura com as outras. 
O papel higiênico quando posto no carrinho, fica por cima de todas as outras mercadorias ou no compartimento abaixo exclusivo para ele, só para não amassar.
Ele (papel higiênico) enquanto novo, recebe uma deferência na estocagem e no transporte, note que o próprio pacoteiro do mercado quando empacota o papel higiênico o coloca em uma sacola separada,  e quando chega em casa então?
É posto num compartimento especial, tem um dispositivo só para ele, com cobertura e tudo, para não molhar
Tratamos o papel higiênico com muito cuidado, afinal a "tarefa" dele é das mais importantes.
Tem papel higiênico que tem alto relevo, tem papel higiênico com desenho de ursinhos carinhosos, tem papel higiênico com cheirinho, tem papel higiênico colorido, enfim, o papel higiênico é tratado e desenvolvido com uma meiguice absurda, pois como eu disse, sua "missão" é nobre.

Acho até exagero papel higiênico com cheiro e com alto relevo.
Na boa guri,  bunda não tem olfato e nem sabe ler em braile, não precisa tanto.

Mas vamos seguir com a análise do ciclo do papel higiênico.
Como eu disse, o papel higiênico é preparado com o maior  esmero possível, com as maiores diversidades e características imagináveis, recebe o melhor tratamento possível de transporte e acomodação, com inúmeros formatos de porta papel, isso é muito lindo, mas repare que é agora que vem a aplicação da filosofia do papel.
O que acontece com esse tão querido papel após ele cumprir a sua missão?
O que ocorre com ele após ter feito algo importante?
O que se faz com ele?
Não precisa responder.
O coitado todo cagado vai para o lixo.
Após seu uso coloca-se numa sacola plástica amarra-se, que é para nem lembrar dele, descarta-se e se esquece de todo o cuidado inicial, desde a aquisição até o "ato inglório", deste que antes era alvo como a neve, e agora jaz borrado e manchado de bosta.
- Já fez o que deveria fazer...
- Alguém tinha que fazer...
- Isso era inevitável...

Não poderia ser o pano de prato, não poderia ser a toalha, tinha que ser ele, afinal ele foi adquirido pra isso.

Bom prezados, quantas vezes essa analogia não se aplica ao nosso dia a dia?
Quantos exemplos conhecemos de pessoas que tratam outra pessoa com o máximo de carinho e cuidado, colocam essa pessoa num pedestal, elogiam, agradam, protegem, porém...todavia...contudo...entretanto...

Depois que não precisam mais dessa pessoa, o que fazem?
Jogam no lixo, tratam de livrar-se dela.

Devemos todos prestar atenção quando somos enaltecidos demais, quando nos elevam demais, quando nos bajulam demais, pode ser que estejamos somente fazendo a função de um papel higiênico, assim que não tivermos mais "serventia", nosso destino será um saco de lixo, nosso futuro será ficar impregnado com a sujeira e a merda que prepararam pra gente.

Cuidado gurizada, não se deixem enganar, não fiquem na posição de proteção, ou de privilégio, fiquem espertos com muito "nhem nhem, nhem"...prefiram menos posição de destaque e vislumbres.
É preferível ser um pano de prato, que não ocupam posição INICIAL de destaque mas que não são despejados após o uso.
É melhor ser uma simples toalha, que  após ser usada, é lavada, amaciada, perfumada e guardada para novas e novas utilizações.  
Cuidado quando te protegerem ou te agradarem  demais...
Isso vale para seus relacionamentos, sociais, amorosos e principalmente profissionais.
Lembre-se de que  a mesma mão que hoje te dá tapinha nas costas, amanhã ou depois, pode te sujar de merda, só  para ficar com a bundinha dele limpinha, limpinha, enquanto você meu querido estará coberto de merda.

Eu sei, você pode achar isso que eu escrevi por demais exagerado, mas uma coisa é certa, já aconteceu com MUITA GENTE, pode até ser exagero, mas há procedentes.

Lembre-se quando mais protegido, mais vulnerável ficamos quando enfrentarmos a primeira situação de perigo. Nem 8 nem 80.



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